“O maior desafio da população negra é viver”. Com vocês, a série VIVÊNCIAS NEGRAS

“O maior desafio da população negra é viver”. Com vocês, a série VIVÊNCIAS NEGRAS

"As pessoas tendem a colocar a identidade racial em uma única perspectiva: Pobre preto periférico, como se isso dissesse respeito e/ou representasse uma identidade única"

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A série “Vivências Negras em Perspectiva Real e Periféricas” é uma criação do coletivo Rusha Montsho, disponível no youtube. A série narra a vida de negros e negras moradorxs de Parelheiros, distrito do extremo sul, mostrando suas histórias e simultaneamente o dia-a-dia do protagonista do episódio.

O que é o Rusha Montsho?

Rusha Montsho significa Liberte-se Negro em língua iorubá, falada na Nigéria.
O Rusha é um coletivo de Parelheiros, que a principal atuação é formação voltada para adolescentes. O objetivo é estar sempre em diálogo com os jovens discutindo algumas pautas urgentes na região como gênero, etnia/raça, identidade e sexualidade, sendo principal a articulação com as escolas. Ao longo de dois anos, o coletivo fez parcerias com dez escolas e neste momento atuam em três, fazendo rodas de conversa e oficinas dentro do espaço escolar sobre tais temas.

Como surgiu a ideia da websérie “Vivências Negras”?

“O Vivências Negras em Perspectiva Real e Periférica”, surgiu entre uma das demandas do coletivo. Como o recorte é pensar o processo de visibilidade da pauta racial, a partir da identidade e pertencimento, sempre nos perguntávamos como dar voz e mostrar a multiplicidade do que é ser negro(a) periférico(a). As pessoas tendem a colocar a identidade racial em uma única perspectiva: Pobre preto periférico, como se isso dissesse respeito e/ou representasse uma identidade única.”

Depois de participar de alguns encontros de audiovisual, uma das integrantes do coletivo trouxe a ideia para o grupo se arriscar no audiovisual e retratar algumas identidades negras da região de Parelheiros.

Como foi criado o projeto?

O projeto foi criado a partir da “interseccionalidade das pessoas negras e periféricas da região de Parelheiros”, e foi fomentado pelo edital público Redes e Ruas, hoje extinto pela gestão municipal.

Qual o objetivo da série?

O principal objetivo é problematizar a questão da identidade “única” negros periféricos não são todos iguais.

“Negros periféricos partem de realidades e vivências diferentes. Ser negrx perifericx é falar de identidades múltiplas.”

Como se dá a escolha dos entrevistados?

“Alguns recortes foram determinados pelo coletivo, uma vez, que partimos sempre da relação interseccional. Então recorte de raça; gênero; sexualidade e território são os parâmetros e dentro disso procuramos pessoas referência dentro da região para retratar um pouco de suas vivências. Alguns conhecíamos e outrxs foram surgindo ao longo do percurso.”

Sobre atualizar o canal, continuar a série. Vocês estão trabalhando nisso?

“Nosso objetivo era construir um documentário com xs sete primeirxs personagens agora no início de 2018. Porém o grupo sofreu a perda de uma de suas integrantes e diante da situação, além de tentar se recuperar dessa perda também irá em algum momento repensar a continuidade dessas histórias. Mas no momento, ainda estamos de luto. Entendemos esse conceito também como Luta.”
Todo nosso respeito e afeto ao coletivo neste momento de Luto e Luta.
A Série tem sete episódios, que estão disponíveis no canal Vivências Negras no Youtube. Fica aqui uma dica de por onde começar: toda a força de Dona Agostinha:


 
 

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