Expoente da capoeira paulista, Mestre Caranguejo lança segundo disco

Expoente da capoeira paulista, Mestre Caranguejo lança segundo disco

Lançado em abril, o álbum resgata as antigas cantigas, rimas e marcações do samba de roda, berimbau de barriga, entre outras tradições musicais afro-brasileiras.

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Para ser um bom capoeira é preciso ter um gingado que vai além dos golpes do jogo de origem afro-brasileira. A música é parte essencial desta tradição e, por isso, a composição é natural a muitos de seus praticantes, como Alberto Alves Barbosa, o mestre Caranguejo – um dos mais importantes capoeiristas vivos no Brasil.

Lançado em abril, com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, o álbum Mestre Caranguejo e a Poética do Berimbau contém 16 faixas autorais que resgatam as antigas cantigas, rimas e marcações do samba de roda, berimbau de barriga, entre outras tradições musicais afro-brasileiras.

Entre as músicas de destaque do disco estão “Ojá, Ojá, Obá, Capoeira”, cuja melodia e letra se assemelham a um cântico de romaria; “Homenagem à mestre Cigana”, sobre uma das primeiras mulheres a serem reconhecidas no meio capoeirista; “Homenagem ao Saudoso Mestre Silvestre”, que conta como se deu o encontro entre Caranguejo e Silvestre, herdeiro de uma das mais importantes linhagens da capoeira; e “Talandê”, música composta para o CD que acompanha o livro “Num tronco de Iroko Vi a Aiúna Cantar”, editado pela Peiropólis, no qual interpreta Vovô Joaquim.

Sem formação musical acadêmica, Caranguejo canta à maneira dos antigos mestres, onde a letra parece descompassada em relação aos instrumentos que acompanham a canção, a voz e o berimbau, instrumento do qual o mestre é exímio tocador e construtor, são ouvidos ao longo de todo o álbum que revela a musicalidade da tradicional capoeira regional, onde o samba se faz muito presente.

Caranguejo é herdeiro de uma das linhagens capoeiristas do Brasil. Aluno de mestre Silvestre, respeitado nome da capoeira Vera Cruz, uma das mais antigas da capital paulista, que descente dos mestres baianos Caiçara e Waldemar Paixão. Em 2010, recebeu o Prêmio Viva Meu Mestre, do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura.

As canções em seu novo disco são repletas de metáforas e fábulas que resgatam a trajetória do mestre entre a terra natal Bahia e São Paulo, onde vive, passando pelo Rio de Janeiro, onde também morou.

Esse é o segundo trabalho do mestre, que lançou primeiro CD, Karimbé, há 10 anos.
“É uma maneira de trazer a história da cultura africana para o público, de honrar as tradições antigas”, diz o mestre Caranguejo.

O CD Mestre Caranguejo e a Poética do Berimbau está à venda por R$ 20 no site da produtora Tratore.

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