Artistas das Periferias ocupam ruas do Centro contra o congelamento da Cultura

Artistas das Periferias ocupam ruas do Centro contra o congelamento da Cultura

Na tarde de segunda-feira, aconteceu o Grande Ato contra o desmonte da cultura da cidade de São Paulo. Artistas das periferias comentam a importância da verba para a cultura nos extremos da Capital.

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Tempo de leitura: 3 minutos

Corações pulsando saíram das geladeiras. Assim, a performance contra o congelamento da cultura movimentou o Centro de São Paulo na tarde de segunda-feira. O Prefeito João Dória e o governador Geraldo Alckmin não saíram de dentro do Theatro Municipal para dar satisfações. Enquanto inauguravam projeto dentro do prédio, na parte de fora, manifestantes projetaram Icebergs e mensagens sobre a verba congelada.
Estão congelados 43,5%, quase metade da verba total destinada à Cultura em SP. Verbas para a cultura são essenciais para o nascimento de espaços como o Galpão Cultural Humbalada, localizado próximo ao Terminal Grajaú, no Extremo Sul de São Paulo.

Se o Galpão Humbalada existe há 14 anos, é por causa de projetos como o Projeto Vocacional e o Projeto PIÁ, que agora estão congelados.
Tatiana Monte

Além de parados, os Programa da Secretaria de Cultura de SP serão reestruturados. A notícia de que 368 profissionais seriam desconsiderados na próxima gestão do projeto, e que os novos profissionais não serão escolhidos em novo edital, mas sim passando para os próximos da lista, preocupa a artista. “Isso reflete uma política da prefeitura, corremos o risco de termos um novo projeto sem memórias e que pode perder força e ser privatizado como outros que vemos por aí”. As falas são de Tatiana Monte, artista da Cia. Humbalada de Teatro. Veja o compilado do discurso durante a estreia do documentário Eu Quero Ouvir Maria, na noite de sábado:


No protesto de segunda-feira, 27 de março, artistas do Grajaú compareceram ao Ato, e, segundo a repórter Evelyn Arruda*, o ato “foi um momento muito importante e impactante para mostrar que a gente não vai deixar por isso mesmo, a gente vai sempre reagir”. As culturas do centro e das periferias estão unidas na Frente Única da Cultura, e essa união, para Evelyn, tem que considerar que a verba conquistada precisa ser destinada a todos os tipos de cultura depois. Nenhum movimento é maior que o outro.
Abaixo, algumas imagens do “Grande Ato – Descongela Já” feitas por Evelyn Arruda:

Saiba mais sobre o congelamento da cultura e a luta dos artistas do Extremo Sul na reportagem: Descongela!: A resistência das quebradas ao “desmonte” da Cultura em SP.
*Evelyn Arruda participa da Produção de Conteúdo do Periferia em Movimento através do curso Repórter da Quebrada, contemplado pelo Edital Redes e Ruas, da Prefeitura de SP.
 

1 Comentário

  1. […] A luta contra o desmonte da cultura já vem acontecendo desde o começo do ano. Em março, artistas das Periferias ocupam ruas do Centro contra o congelamento da Cultura, conforme mostramos n…. […]

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