“Agosto Indígena”: Mostra exibe filmes com temática indígena no Centro de São Paulo

“Agosto Indígena”: Mostra exibe filmes com temática indígena no Centro de São Paulo

A partir desta quarta (05 de agosto) até dia 19, o Cine Olido recebe uma mostra de cinema em 23 sessões com programação dedicada à temática indígena

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Tempo de leitura: 12 minutos

A partir desta quarta-feira (05 de agosto) até o próximo dia 19, o Cine Olido recebe uma mostra de cinema em 23 sessões com programação dedicada à temática indígena.

A primeira mostra Agosto Indígena apresenta seis longas metragens e cinco programas de curtas, além de quatro debates sobre as produções, inclusive filmes dirigidos por cineastas indígenas. A programação completa segue mais abaixo.

Além da programação de cinema, a Galeria Olido recebe até o dia 4 de Outubro a exposição “Nhande kuery São Paulo Pygua – Os Guarani da cidade de São Paulo”, quejá circulou pelo Centro Cultural São Paulo no início do ao e exibe fotos que contam um pouco da vida e costumes dos Guarani nas aldeias da capital paulista.

A iniciativa é umas das ações do Programa Aldeias, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC), que atua nas aldeias guarani da Terra Indígena Jaraguá, zona norte de São Paulo, e da Terra Indígena Tenondé Porã, em Parelheiros, extremo sul da capital.

Anotaí!

Mostra Agosto Indígena

Quando? A partir desta quarta-feira, 05 de agosto, às 17h

Onde? Cine Olido – Galeria Olido – Av. São João, 473 – Centro de São Paulo

Mais informações aqui                                                                                          

 

 

 

CONFIRA ABAIXO A PROGRAMAÇÃO:

PROGRAMA GUARANI MBYA DE SP – NHANDEKUERY SÃO PAULO PYGUA

SOBRE AQUELE QUE QUASE SE TRANSFORMOU – OJEPOTA RAI VA’E REGUA, realizado por aldeia tekoa Tenonde Porá
Brasil, 2012, 14min, Projeção Digital
Um jovem recém-casado vai constantemente à mata olhar suas armadilhas, até que um dia encontra sua cunhada, irmã mais nova de sua mulher. Curta-metragem realizado durante oficinas de formação audiovisual na aldeia guarani Tenonde Porã.
CESTARIA GUARANI – AJAKA PARA REGUA, realizado por aldeia tekoa Tenonde Porã
Brasil, 2011, 15min, Projeção Digital
Pequeno documentário sobre os saberes artesanais guarani relacionados ao ajaka, cesto guarani que tem a taquara como matéria-prima. O filme traz imagens das oficinas de fortalecimento dessa prática e entrevistas com os participantes.
A DANÇA DOS XONDARO – XONDARO HA’E GUI XONDARIA JEROKY, realizado por aldeia tekoa Tenonde Porá
Brasil, 2011, 15min, Projeção Digital
Projeto de fortalecimento da dança “Xondaro”, realizado pela aldeia guarani Tenonde Porã em parceria com a aldeia Rio Silveira.
SEMENTES TRADICIONAL – NHANHOTY, realizado por Programa Aldeias
Brasil, 2011, 5min, Projeção Digital
Nhanhoty – Semente Tradicional Guarani é o registro de um projeto realizado pela comunidade Guarani Mbya das aldeias Tenonde Porã e Kalipety, na cidade de São Paulo
FORTALECENDO NOSSA CASA DE REZA – NHAMOMBARAETE NHANDE ROPY’I, Programa Aldeias
Brasil, 2015, 10min, Projeção Digital
Filme demonstra a importância do fumo de corda – Petỹ – que é parte essencial da cultura Guarani Mbya, usado principalmente na Casa de rezas. Através da fumaça, os xeramõi kuery se comunicam com os Nhanderu kuery (divindades) quando realizam os rituais sagrados de cura, consagração, batismo, danças e cantos
O CONTO DA CORUJA – URU KURE’A, realizado por Grupo de audiovisual de Tenonde Porã
Brasil, 2010, 13min, Projeção Digital
A história da coruja, um conto típico da cultura guarani, revela a cosmogonia e a ética de respeito entre os homens, os espíritos e a mata.
MANOÁ – A LENDA DAS QUEIXADAS, de José Alberto Mendes
Brasil, 2002, 20min
Djekupe, jovem pai guarani, resolve caçar mesmo contra os protestos de sua mulher. No interior da mata, encontra três índias que prometem levá-lo à terra onde nada perece: yvy marã e’y.
| Dias 5 e 7, 17h (exibições em sequência)

SERRAS DA DESORDEM, de Andrea Tonacci
Brasil, 2006, 135min, 35mm.
Carapirú é um índio nômade, que escapa de um ataque surpresa de fazendeiros. Durante 10 anos ele perambula sozinho pelas serras do Brasil central, até ser capturado em novembro de 1988, a 2000 km de distância de sua fuga inicial.
| Dias 6 e 13, 15h

O MESTRE E O DIVINO
Brasil, 2013, 85min
Dois cineastas retratam a vida na aldeia e na missão de Sangradouro, Mato Grosso: Adalbert Heide, um excêntrico missionário Alemão, que logo depois do contato com os índios, em 1957 começa a filmar com sua câmera Super-8; e Divino Tserewahu, jovem cineasta Xavante, que produz filmes para a televisão e festivais de cinema desde os anos 90.
| Dias 2 e 6, 17h

PROGRAMA CINEASTAS INDÍGENAS II:

SHOMÕTSI, de Wewito Piyãko
Brasil, 2001, 42min
Crônica do cotidiano de Shomõtsi, um Ashenika da fronteira do Brasil com o Peru. Professor e um dos videoastas da aldeia, Valdete retrata o seu tio turrão e divertido
BICICLETAS DE NHANDERU, de Patrícia Ferreira
Brasil, 2011, 48min, Projeção Digital
Uma imersão na espiritualidade presente no cotidiano dos Mbya-Guarani da aldeia Koenju, em São Miguel das Missões no Rio Grande do Sul.
| Dia 7, 15h. Dia 14, 19h. (exibições em sequência)

PROGRAMA LUTA PELA TERRA:

AGUYJEVETE PARA QUEM LUTA!, realizado por Comissão Guarani Yvyrupa / Coletivo ReVira-Lata
Brasil, 2014, 31min, Projeção Digital
Pequena coletânea de vídeo-manifestos e documentários dos atos políticos realizados pelos Guarani no último ano em São Paulo.
O RETORNO DA TERRA TUPINAMBÁ, de Daniela Alarcon
Brasil, 2015, 24min, Projeção Digital
O filme documenta a luta pelas terras tupinambás, localizadas na região Sul do Estado da Bahia, em 2010. Estas terras haviam sido tomadas por fazendeiros no auge da produção do cacau, com o coronelismo no Nordeste Brasileiro.
FLOR BRILHANTE E AS CICATRIZES DA PEDRA, de Jade Rainho
Brasil, 2012, 28min
Flor Brilhante é a matriarca de uma família indígena de rezadores Guarani-Kaiowá que vive na reserva de Dourados-MS, cerceados de seu modo de viver originário, tentam sobreviver preservando conhecimentos e hábitos da cultura dos antigos, enquanto convivem com os efeitos e mazelas causados pelas explosões continuas de uma usina de asfalto, que dinamita e explora uma pedra sagrada no território da aldeia há mais de 40 anos.
À SOMBRA DE UM DELIRIO VERDE, de Cristiano Navarro
Brasil, 2011, 29min
Filme denúncia o impacto do agronegócio de cana sobre as terras kaiowa e guarani.
| Dias 7 e 15, 19h (exibições em sequência)

PROGRAMA OLHARES COMPARTILHADOS:

O ESPÍRITO DA TV, de Vincent Carelli
Brasil, 1990, 18min
As emoções e reflexões dos índios Waiãpi ao verem, pela primeira vez, a sua própria imagem e a de outros grupos indígenas num aparelho de televisão.
A ARCA DE ZO’É, de Vincent Carelli
Brasil, 1993, 22min
Os índios Waiãpi, que conheceram a tribo Zo’é através de imagens em vídeo, decidem ir ao encontro destes índios recém contactados no norte do Pará e documentá-los.
MBRAKA A PALAVRA QUE AGE, de Edgar Teodoro da Cunha
Brasil, 2010, 26min, Projeção Digital
A partir de entrevistas com os xamãs nhanderu, e de registros dos seus cantos, danças e cerimônias, o filme aborda o universo dos cantos xamânicos por meio dos aspectos performáticos da palavra.
KUSIWARÃ – AS MARCAS E CRIATURAS DE COBRA GRANDE, de Domimique Galloise e Gianni Puzzo
Brasil, 2010, 26min
O documentário trata das formas de criação e recriação dos padrões gráficos que constituem um dos saberes valiosos apropriados pelos Wajãpi em seus contatos com os donos da água e da floresta.
JEPEA’YTA – A LENHA PRINCIPAL, de Gilmar Galache e Nataly Foscaches
Brasil, 2012, 24min, Projeção Digital
Jepea`yta – A lenha principal” traz à tona a discussão sobre as experiências de aprendizagem e apropriação das novas tecnologias pelos realizadores indígenas, as frustrações dos projetos sem uma continuidade garantida e os mecanismos de resistência das comunidades atingidas.
| Dias 8 e 12, 15h (Exibições em sequência)

A NAÇÃO QUE NÃO ESPEROU POR DEUS, de Lucia Murat
(1h 29 min)
Brasil, 2015, 119min
O filme registrar o impacto provocado na reserva kadiwéu pela chegada da eletricidade e com ela a televisão e mostra a luta da comunidade  pela retomada de suas terras, invadidas por pecuaristas.
| Dia 9, 15h

AS HIPER MULHERES
Brasil, 2011, 80min
Com receio que sua esposa já idosa venha a falecer, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar mais uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente.
| Dia 9, 17h. Dia 12, 19h

TERRA VERMELHA, de Marcos Bechis
BRA/ITA, 2008, 108min, DVD
Baseado em fatos reais o filme narra a história de uma comunidade indígena que, após o suicídio de duas meninas, decidem recuperar a terra que foi dominada por fazendeiros na região.
| Dia 11, 15h

CINEASTAS INDÍGENAS I:

SHUKU SHUKUWE – A VIDA PARA SEMPRE, de Agostinho Manduca Mateus
Brasil, 2012, 43min
Por três vezes, yuxibu cantou shuku shukuwe, a vida é para sempre. Ouviram as árvores, as cobras, os caranguejos. Ouviram todos os seres que trocam suas peles e cascas. Por três vezes, yuxibu cantou shuku shukuwe. Mas a inocente não soube ouvi-lo em silêncio. E a vida se tornou breve.
PI’ÕNHITSI, MULHERES XAVANTE SEM NOME, de Divino Tserewahú
Brasil, 2009, 56min
Divino Tserewahú tenta produzir um filme sobre o ritual de iniciação feminino, que já não se pratica em nenhuma outra aldeia Xavante, mas desde o começo das filmagens todas as tentativas foram interrompidas. No filme, jovens e velhos debatem sobre as dificuldades e resistências para a realização desta festa.
GUAIRAKA’I JÁ – O DONO DA LONTRA
Brasil, 2012,11min
Segundo os Guarani-Mbya, todos os seres que habitam este mundo têm algum espírito-dono que zela por eles, inclusive os animais de caça. Alguns desses “donos” podem ser especialmente vingativos, caso se sintam desrespeitados.
| Dia 14, 15h (exibições em sequência)

O RETORNO DA TERRA TUPINAMBÁ, de Daniela Alarcon
Brasil, 2015, 25min
Há dez anos, os Tupinambá esperam a conclusão do processo de demarcação de sua terra. Nesse quadro, vêm realizando ações coletivas conhecidas como retomadas de terras, recuperando numerosas áreas no interior de seu território que estavam em posse de não-indígenas. Por essa razão, têm sido alvos de criminalização e ataques violentos, tanto por parte do Estado brasileiro, como por indivíduos e grupos contrários à garantia de seus direitos.
| Dia 18, 15h

CORUMBIARA, de Vincent Carelli
Brasil, 2009, 90min. Com Vincente Carelli e Marcelo Santos
Por mais de 20 anos, antropólogo Marcelo Santos e cineasta Vincent Carelli buscam evidências para incriminar fazendeiros pelo massacre da tribo Corumbiara na região de Rondônia.
| Dia 19, 14h

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