Paulo Freire se imortaliza nas práticas pedagógicas das quebradas

Em 2021, celebramos o centenário do nascimento do educador mais reverenciado do Brasil. E suas metodologias se perpetuam nas periferias e favelas

Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”

disse o educador Paulo Freire

Os ensinamentos são presentes na memória e no cotidiano de Luciana Dias, moradora do Guarapiranga (zona Sul de São Paulo) por 50 anos e filha de militantes Ana Dias e Santo Dias

Ele falava que a criança tinha que ser feliz. E eu cresci dentro dessa luta, já desde 2 anos de idade ouvindo falar de Paulo Freire”

lembra Luciana

Já adulta, ela assistiu a aulas de Freire na PUC-SP, onde cursou Pedagogia. Hoje, Luciana é professora aposentada e atua com formação de outros profissionais da educação

"A criança aprende no brincar, no conviver, no organizar, no coordenar a brincadeira. O educador ele tem que ter essa sensibilidade”

diz Luciana

Mulher afroindígena, mãe, moradora de Embu Guaçu e professora de educação infantil na rede municipal de São Paulo, Núbia Amorim se declara "freiriana"

Ele militava pela educação. Ele acreditava muito na sua prática como uma ação política (…) e tinha que contar para as pessoas, tinha que movimentar as pessoas”

diz ela

A gente conversou com Núbia e Luciana sobre a presença de Freire nas periferias. Você pode ouvir a conversa neste podcast especial

Adaptação de texto Thiago Borges Design Rafael Cristiano Reportagem de Aline Rodrigues e Paulo Cruz Fotos: Arquivo pessoal