Paradas periféricas

Manifestações do orgulho LGBTQIAP+ ganham as ruas nas periferias paulistanas

Em junho de 2022, após 2 anos fora das ruas, milhares de pessoas compareceram à avenida Paulista para participar da 26ª Parada do Orgulho LGBTQIAP+

Trata-se do maior evento do tipo do mundo - e, neste ano de eleições, teve a defesa da democracia e o voto com orgulho como motes

Meses antes, um evento similar aconteceu a cerca de 20 quilômetros dali, no Capão Redondo (zona Sul de São Paulo)

Foi a primeira edição da Parada LGBTQIAP+ do Capão, organizada pela rede Família Stronger, um coletivo formado por 250 integrantes

"O projeto nas periferias já existia, não foi uma invenção da Família Stronger. Mas acontece que os participantes não conseguiam dar continuidade", explica Elvis Stronger, integrante do grupo

Recentemente, a Família Stronger realizou também a 5ª edição da Parada na Cidade Tiradentes, Extremo Leste paulistano

"Nós sabemos que, antes de acontecer na região central, já estavam acontecendo as paradas nos bairros periféricos, principalmente na zona Leste”, nota Carolina Iara, travesti interesex

"É muito importante para que a nossa existência seja naturalizada onde os trabalhadores estão morando e a maior parte da população reside”, completa ela, co-vereadora em SP pela Bancada Feminista

“Esses movimentos são de uma grande riqueza acontecerem na periferia”, diz Paula Beatriz, primeira diretora trans de escolas públicas

Assim como o evento na Paulista, a parada do Capão também pautou a defesa da democracia

Adaptação de texto  Thiago Borges Design  Rafael Cristiano Reportagem de  Coletivo Artístico Queer, com texto de Rô Vicente e fotos de PH Silva