Suas palavras são machistas? E LGBTQIA+fóbicas?

Quem está fora do padrão homem cis hétero branco fica vulnerável a violências - e isso, muitas vezes, começa no uso de determinadas linguagens

E você: está no lugar de quem fala ou quem ouve expressões, palavras, discursos que oprimem?

A linguagem é a concretização do desejo de comunicar-se. Tem uma função de vínculo. É essa coisa que me enlaça comigo mesma e com outras pessoas"

A fala anterior é da Elânia Francisca, psicóloga e educadora em sexualidade do Espaço Puberê, no Extremo Sul de São Paulo

Ela explica que o uso de alguns termos ou palavras podem colaborar para incluir ou excluir quem está fora do "padrão" que vigora na sociedade

O jornalista Thiago Peniche lembra que linguagem produz sentido. Quando abolimos palavras pejorativas e adotamos termos inclusivos, estamos reconhecendo a existência de quem é vítima dessas opressões

Que tal parar de usar palavras, termos e expressões que reforçam o machismo e a LGBTQIA+fobia?

Não use: "Bichinha", "traveco", "mulherzinha" "Esse trabalho é pra homem" "Lugar de mulher é…" "Quando você virou lésbica/gay/trans?"

Substitua: "Você é homem ou mulher?" por "Quais são seus pronomes?" "Desvio ou opção sexual" por "orientação sexual" "Parada gay" por "Parada LGBTQIA+"

Adaptação de texto  Thiago Borges Design  Rafael Cristiano Produção  Aline Rodrigues, Pedro Ariel Salvador e Vitori Jumapili Fotos  Arquivo pessoal