A masculinidade preta e periférica é diferente da que mora da ponte pra lá? Será que nós perdemos enquanto deixamos perpetuar masculinidades tóxicas que nos são ensinadas há muito tempo?
Corpos masculinos precisam se desconstruir e entender que o afeto é universal
Nós falamos com 3 homens de quebrada que enfrentam no dia a dia os desafios, as dores e as delícias que carregam
Luiz Semblantes, Eduardo Lupião e Santos Dumont trazem outra ideia de masculinidade: eles falam de afeto, de abraço, de angústia e da fraqueza
Minha construção sobre masculinidade veio muito solta, porque nós homens trans ficamos muito largados. A mulher que eu fui era muito feminista. E esse feminismo me construiu" - Eduardo Lupião
Surgiu das referências masculinas que estavam perto de mim: meu pai, meus amigos próximos da rua" - Santos Drummond
Comecei a mergulhar nisso depois do nascimento do meu filho. Consegui ter percepção maior de que sim, posso ser afetivo, posso receber as coisas, ser a pessoa que cuida" - Luiz Semblantes
Segundo a OMS, homens representam 76% das vítimas de suicídio no Brasil - o processo final de uma situação de adoecimento
O historiador e designer Eduardo Lupião entende que a violência e a dificuldade no acesso a direitos tornam o homem periférico mais "carrancudo"
O arte-educador e poeta Luiz Semblantes ressalta as diferenças das relações com o pai e como ele, hoje, tenta exercer uma paternidade com mais "fermento nesse bolo de carinho"
O poeta e produtor Santos Drummond lembra que, enquanto homem negro, foi negado a ele o direito de expor suas fragilidades - algo que não é saudável pra ele nem para outras pessoas
Adaptação de texto Thiago Borges Design Rafael Cristiano Reportagem Laís Diogo e Pedro Ariel Salvador