Praticantes defendem cultura periférica como lazer, esporte e movimento de "ruptura" na cidade
Puxar o freio da roda de trás, curvar o corpo na mesma direção e tá feito: a parte da frente se levanta e você empina sua bicicleta
Essas instruções são básicas, e qualquer criança de quebrada que ganha uma bike aprende isso quase na mesma velocidade em que consegue andar sozinha sobre as 2 rodas
Mas tem uma molecada que vai além, muito além – e você deve conhecer aí no seu bairro. É quase uma dança
A galera do “grau” faz manobras com a bicicleta, com rodas pra cima, corpo sobre guidão, mão no chão...
É um desafio à lei da gravidade que desestressa, garante um lazer e, pra quem vê como esporte, exige prática constante para se aprimorar
Essa cultura tão comum nas periferias tem ganhado visibilidade nas redes sociais, com a criação de páginas e perfis
E praticantes do grau de bike têm se reunido e ocupado outras partes da cidade, mais brancas e elitizadas – o que veem como um movimento de “ruptura”
Assista na íntegra à reportagem que fizemos em Paraisópolis com o pessoal do A Rua É Grau, um grupo com página no instagram que organiza encontros, tem camisetas e adesivos pra promover a cultura
Adaptação de textoThiago BorgesDesign Rafael CristianoReportagem Jefferson RodriguesImagens Pedro Ariel Salvador e A rua é Grau