Coleta seletiva aumenta na pandemia, mas não reflete no faturamento de cooperativa de periferia de SP

A coleta de recicláveis cresceu 17,4% no primeiro ano da pandemia em São Paulo. Porém, em uma cooperativa na periferia da cidade, profissionais continuam trabalhando muito por pouco

"Tem as concessionárias [como Ecourbis e Loga] que prestam serviço para a Prefeitura e ganham milhões. E tem os catadores que fazem o mesmo serviço e não ganham por isso"

A fala do quadro anterior é de Valquíria Cândido, da Cooperpac, no Grajaú (Extremo Sul de SP). As cooperativas exercem um papel fundamental para a preservação ambiental

Segundo a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, o poder público precisa instituir um sistema de logística reversa para garantir que materiais recicláveis sejam reaproveitados

Pra se ter uma ideia, ao ano a cidade de SP coleta 3,6 milhões de toneladas de lixo domiciliar e 94,4 mil toneladas de recicláveis domiciliares  (fonte: Amlurb)

A coleta seletiva acontece em 3 de cada 4 ruas da capital paulista, mas ainda representa uma parcela muito pequena do potencial do que pode ser reciclado

Em tempos de escassez da água, de recursos naturais e do aquecimento global, é preciso falar sobre educação ambiental – e as cooperativas são uma alternativa

Trabalhando com as pessoas e suas histórias de vida, a cooperativa transforma o mundo através da coleta seletiva. Lá dentro, tem mulheres, pessoas idosas, LGTBQIA+ e egressas do sistema prisional

“Aqui na cooperativa, é uma ajudando a outra. A gente se dá muito bem, porque a gente se ajuda, faz todo mundo junto e uma cuida da outra, aprende, ensina”

diz a cooperada Ivania Rocha Silva, 56

Adaptação de texto  Thiago Borges Design Rafael Cristiano Reportagem  Vini Linhares Fotos  Vitori Jumapili Orientação  Gisele Brito