Três virgens abrem oficialmente a 21ª Mostra de Teatro Monte Azul

O espetáculo “Virgens à Deriva” contou o desespero de três freiras católicas “virgens”, que ficaram à deriva no meio do oceano em cima de um bote salva vidas, após um naufrágio.

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Colaboração de Leonardo Brito (texto e fotos)

O que é mais difícil para uma companhia teatral que participa de uma Mostra de Teatro tradicional em um bairro periférico: ser o primeiro grupo a apresentar e abrir a mostra, ou o último, para fechar o circuito de peças com chave de ouro?

Tal questão tanto faz para o grupo da casa que abriu a temporada de duas semanas de peças que acontecerão no Centro Cultural Monte Azul. O TEMA (Teatro Monte Azul) inaugurou a Mostra com uma apresentação um tanto quanto dramática e engraçada.

O espetáculo “Virgens à Deriva” contou o desespero de três freiras católicas “virgens”, que ficaram à deriva no meio do oceano em cima de um bote salva vidas, após um naufrágio. O enredo narra o delírio dessas senhoras – todas representadas por atores homens – que esquecem o celibato em alguns momentos e expõem os seus desejos sexuais mais íntimos.

Após algumas horas, elas abrem o jogo e começam a contar causos de relações sexuais que gostariam de ter tido, principalmente agora à beira da morte.

Em resumo, “Virgens à Deriva” conquistou boas gargalhadas do público presente, cerca de 30 espectadores. Olhares atentos e muitos cliques das câmeras registraram a boa atuação dos três atores que representaram com muita categoria e qualidade o restante dos integrantes que ajudaram atrás das cortinas, na estrutura e iluminação, decorando o espaço para recepção e arrumando o coquetel – oferecido após a peça.

Thiago Lourenço, há três anos na companhia e um dos atores em cena, disse que mesmo pisando pela segunda vez no palco é sempre inesperada a recepção do público. “Toda peça é um ambiente novo, um elemento surpresa diferente, é difícil explicar o que sinto, mas posso afirmar que tenho confiança em realizar, pois a energia positiva desse palco revigora minha atuação”, conta.

Já o diretor Cido Cândido, expõe a construção e os caminhos para realizar esse trabalho. “Todos os anos é muito difícil fazer esse evento, então, quero agradecer a todos os envolvidos na construção coletiva e voluntária desse processo e sejam todos bem vindos a mais uma Mostra de Teatro da Monte Azul”, diz.

Ainda muito emocionado, Cido fala que há anos o TEMA vem revelando e ajudando os jovens a se desenvolver por meio das artes cênicas – exemplo disso é a ascensão de um ex-aluno do grupo Roberson Lima, que estava na plateia. Ele iniciou suas atividades junto do grupo da casa, mas depois se formou na Escola Superior de Artes Célia Helena e hoje está em cartaz no Teatro Itália, com a peça “[email protected]ÃO”.

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