Homens periféricos confessam angústias, violências e impressões pessoais
Quando foi a última vez que você chorou?Como é a relação com sua companheira?Já pressionou ou foi pressionado por alguém a fazer sexo?
Essas e outras perguntas compõem um levantamento realizado em 2019 pelo coletivo Masculinidade Quebrada, no Extremo Sul de São Paulo
O levantamento não reflete toda a diversidade nem ilustra a média do pensamento do homem periférico, mas dá pistas do que se passa na cabeça de muita gente nas quebradas
Entre as revelações, quase 40% colocaram a própria mãe como principal figura paterna em suas vidas
Há uma ausência paterna, que é muito falada, mas que a gente nota que isso gera um sentimento neles” - Rafael Cristiano, educador e integrante do coletivo
Cerca de 30% disseram que já se sentiram pressionados a ter uma relação sexual, enquanto 12% admitiram ter pressionado alguém a fazer sexo
Pouco mais da metade chora com alguma frequência e 70% costumam desabafar sobre seus problemas com amigos ou companheira
E apesar de 85% nunca terem feito psicoterapia, 80% consideram a prática como algo positivo “para quem se precisa”, se colocando fora dessa condição
O cuidado com a saúde física também aparece: metade disse que não vai, quase não vai ou vai uma vez por ano ao médico