Dificuldade financeira é a principal enfrentada por quem atua com proteção de animais de rua nas periferias e defende políticas de conscientização
Eles sentem fome, sede, frio, medo e dor. Estão em toda a parte, mas na maioria das vezes passam despercebidos. Perdidos ou abandonados, essa é a realidade de muitos cães e gatos
O Brasil só não tem um colapso populacional de animais de ruas porque a maioria infelizmente morre no seu primeiro ano de vida. Eu quero evitar isso”, diz Carlos Fabrini
Morador da zona Sul de São Paulo, ele é protetor animal e diz que a conscientização contra os maus-tratos e o abandono, além da castração, é a melhor alternativa o fim do número de animais nas ruas
Em 2010, ele criou o projeto Pet Esperança com o objetivo de promover castração em massa em todo o País - mas bancar isso é difícil
As pessoas acham que é só resgatar, mas não é bem assim. Muitos dos animais chegam em situações críticas, desde atropelamentos a enfermidades caninas"
Ao se deparar com algum animal nas ruas da cidade de São Paulo, a orientação é comunicar à Prefeitura pelo número de telefone 156, que tem um ramal específico para isso
A Secretaria Municipal de Saúde não tem uma estimativa de quantos bichinhos estão nas ruas de São Paulo. Até 2015, a cidade tinha 1.874.601 cães e 810.170 gatos domiciliados
Para evitar novos abandonos, em 2021 a Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (COSAP) criou o programa educativo “Guarda Responsável”
Desde 2001, a Prefeitura de São Paulo também disponibiliza a castração de cães e gatos que possuam tutor por meio do Programa Permanente de Controle Reprodutivo
O programa prevê atendimento em clínicas contratadas ou, ainda, por meio de mutirões realizados em regiões de maior exclusão social. Por ano, são em média 110 mil castrações no município
Adaptação de texto Thiago Borges Design Rafael Cristiano Reportagem Karine Gomes Imagens Arquivo pessoal e Banco de imagens