“Quebra Quebranto”, das Clarianas, e mais 06 sons pra encerrar o ano de pé

“Quebra Quebranto”, das Clarianas, e mais 06 sons pra encerrar o ano de pé

Eita, ano difícil de enfrentar esse 2019. Por isso, a Periferia em Movimento faz uma seleção final, uma saideira, falando de autocuidado, resgate da memória, resistência e perspectivas. Confira!

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Eita, ano difícil de enfrentar esse 2019. Por isso, a Periferia em Movimento faz uma seleção final, uma saideira, falando de autocuidado, resgate da memória, resistência e perspectivas. Confira!

1 – “Quebra Quebranto”, das Clarianas

O segundo álbum das 03 cantadeiras Clarianas propõe a verticalização de uma linguagem que une a sonoridade da musica regional do Brasil com o discurso urbano pulsante nos guetos das grandes metropóles. Chico César, Macello Preto, o bloco afro Ilu Obá de Min e a música moçambicana Lenna Bahule participam de algumas das músicas do grupo formado por Martinha Soares, Naruna Costa e Naloana Lima.

Natural do Espaço Cultural Clariô, em Taboão da Serra (SP), o grupo traz em 13 faixas temas como empoderamento feminino, extermínio da população negra, herança indígena e religiosidade afro brasileira, sempre envoltos às vozes das lavadeiras, tambores e harmonias sertânicas. É um disco para evocar proteção e cura, com canções que convocam, ao mesmo tempo, um chamado para reflexões sobre temas sociais urgentes, e acalanto, esperaça e fé na beleza das cantorias populares.

2 – “Passarinho Louco”, de Luiz Semblantes

O rapper natural da região do Grajaú, Extremo Sul de São Paulo, apresenta o álbum “Passarinho Louco”. Com 12 faixas, o lançamento aborda a rotina na quebrada, movimentos pela liberdade e esperança.

3 – “Mais um dia sem errar”, de Raphão Alaafin

“Mais Um Dia Sem Errar”é a faixa que traz uma virada importante na própria vida de Raphão Alaafin e também é a que ganha um videoclipe. A música faz parte da mixtape “O diferente tá diferente”, uma coletânea de músicas já lançadas entre 2018 e 2019 e que será oficialmente apresentada em janeiro do ano que vem, além de algumas inéditas, e marca a resiliência em tempos difíceis.

4 – “A sua canção”, de Zoio 3D

O MC/rapper da zona leste de São Paulo, Zoio 3D vai soltar mais um clipe do seu recém lançado disco Paz e Bem. Em homenagem à companheira Cássia, o som fala sobre lealdade e amor, e contou com um refrão especial do cantor POP Black.

5 – “Cavalo de Troia”, de O Limce

Gravado nas Ruínas do Lazareto, na Ilha Grande (litoral do Rio de Janeiro), o videoclipe aborda a escravidão e o racismo no Brasil ao longo de sua história, com imagens gravadas com um elenco que inclui o ator André Ramiro, Mahal Reis e a atriz e modelo paulista Ana Paula Patrocínio. O cavalo de troia do título é, na verdade, uma analogia às caravelas de Portugal, que “trouxeram destruição e um verdadeiro genocídio ao nosso País”, segundo o artista.

O local não foi escolhido por acaso. As Ruínas do Lazareto foram erguidas, inicialmente, para serem uma fazenda de café e abrigar escravos. Durante o período da escravidão, transformou-se em hospital e posteriormente num presídio de presos políticos. A própria Ilha Grande, por quase cem anos (de 1802 a 1888), foi um dos principais entrepostos de recebimento de escravos ilegais no Brasil.

6 – “Follow Me”, de Lena Silva

Primeiro single da artista natural do Jardim Ângela, é uma música house – muito popular nos anos 1990 e ouvida ainda hoje – abrasileirada com apoio do projeto Quebrada Groove. “Um dos propósitos com este trabalho, é resgatar o gênero House Music, que muitos brasileiros associam com ‘música de boy’, sendo que na verdade é música nega”, explica. A letra em inglês foi composta pelos irmãos Aly-Us, e adicionando o verso da rapper brasileira Dory de Oliveira, o som traz uma mensagem de paz e resistência.

6 – “Elefante”, de Lucas Felix

Com influência da música gospel, o MC paulistano Lucas Felix não esconde sua admiração por Kanye West, mas ressalta que ele não é a única fonte de inspiração. Basquiat, Kid Cudi e Alejandro Jodorowsky foram referências igualmente importantes em “Elefante”, um álbum sobre infância, adolescência e início da vida adulta. “Um olhar sobre a miséria material e espiritual, mas também sobre as bênçãos que a vida nos dá sem que a gente peça”, afirma o artista.

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