Mães de Maio denunciam 15 anos sem justiça após crimes cometidos pelo Estado de SP

Mães de Maio denunciam 15 anos sem justiça após crimes cometidos pelo Estado de SP

Em 2006, mais de 500 pessoas foram mortas por agentes do governo paulista. Mães de Maio denunciam falta de resposta em série de atividades

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Foto em destaque: Comissão na Alesp em 2015 / Periferia em Movimento

Neste mês, diversas mães têm se reunido – mesmo à distância – para lembrar e denunciar o descaso estatal com as vítimas dos “crimes de maio de 2006”, como ficaram conhecidos os casos que resultaram na morte de pelo menos 564 mortos e 4 desaparecidos entre os dias 12 e 21 de maio de 2006. A maioria deles, jovens negros moradores de periferias de São Paulo e da Baixada Santista, foi morta pelo Estado de São Paulo por meio de agentes da Polícia Militar.

A injustiça levou mulheres enlutadas a criarem o movimento independente Mães de Maio, que desde então mantém a luta por memória, verdade, justiça e reparação. Uma delas, Débora Silva, perdeu o filho Edson Rogério da Silva. Então com 29 anos, o gari negro desapareceu após ser abordado por policiais militares enquanto abastecia a motocicleta em um posto de combustível na Baixada Santista. Edson foi encontrado morto com marcas de 5 tiros.

Para marcar os 15 anos sem justiça, o movimento promove uma série de atividades junto ao Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo (Caaf/Unifesp). Confira mais detalhes aqui.

No último domingo (16/5), o grupo promoveu uma transmissão ao vivo da 2ª edição do sarau “Levante Mães de Maio”, com a participação de Bete Nagô e Débora Silva, DJ Cuco, Nilson Nogueira Poeta da Maré e João Mendes.

O movimento também promoveu a roda de conversa “A dor da perda transforma o luto em luta”, realizada em 2 partes. Na primeira parte, Débora Silva conversou com Márcia Gazza (mãe da zona Leste de São Paulo), Maria do Carmo e Ana Paula (de Minas Gerais), e Rute Fiuza (mãe de Davi Fiuza, de Salvador).

Na segunda parte, além de Débora, participaram Maria Sônia Lins (Mães de Maio), Zilda Maria (Mãe de vítima da chacina de Osasco), Edna Maria (Ceará) e Monica Cunha (do Rio de Janeiro). Veja abaixo:

Luta por justiça

Nesta terça-feira (18/5), às 17h, acontece o debate “Violência policial, memória e mobilização no Brasil”, organizado com a Harvard Kennedy School. Para se inscrever e acessar, clique aqui.

Já na quarta (19/5), às 19h, acontece o “Sarau das Mães de Maio do Nordeste”, com a participação de Rute Fiuza (Mães de Maio do Nordeste), Débora Silva (Mães de Maio de SP), Edna Carla (Mães do Curió), Mira Alves (Movimento sem teto da Bahia), Rita Ferreira (MSTB e Integrante do Coletivo Incomode) e Maria Luiz (Manifesto Musical – Cabaré Feminista). A transmissão será pelo canal da Justiça Global.

No dia 29 de maio, às 16h, ocorre a conversa “Abolicionismo penal popular: construindo um projeto político desde baixo”, promovido pela Frente pelo Desencarceramento. A transmissão acontecerá neste link.

E no dia 30, às 19h, ocorre a 3ª edição do sarau Levante Mães de Maio, com participação de Nenê Surreal, Luana Hansen e outras convidadas. A transmissão acontecerá aqui.

3 Comentários

  1. Edna Carla Souza Cavalcante disse:

    Justiça para os crimes de Maio, que essa polícia bandida seja condenados é exonerados dos seus cargos.

  2. […] Mães de Maio denunciam 15 anos sem justiça após crimes cometidos pelo Estado de SP […]

  3. […] protagonismo das genitoras é a base do surgimento das Mães de Maio, movimento que luta por justiça e pela memória das vítimas dos chamados “Crimes de Maio de […]

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